Fiador: o que é, como funciona e principais riscos
Ser fiador em um contrato de aluguel é uma grande responsabilidade, e muitas pessoas não compreendem totalmente os riscos envolvidos.
Neste texto, vamos explicar detalhadamente o que é ser um fiador, como funciona essa função no aluguel de imóveis e quais os cuidados que você deve tomar antes de aceitar esse papel.
Também vamos apresentar alternativas ao fiador e os principais riscos envolvidos. Continue lendo e entenda tudo o que você precisa saber antes de virar fiador de alguém!
O que é ser um fiador?
Ser fiador é assumir o papel de garantidor em um contrato de aluguel. Isso significa que, caso o inquilino não cumpra com suas obrigações contratuais, como o pagamento do aluguel e encargos, o fiador será o responsável legal por quitar essas dívidas.
O fiador é uma garantia de que o proprietário ou a imobiliária terá uma forma de receber os valores devidos, mesmo que o inquilino enfrente dificuldades financeiras.
Como funciona o fiador no aluguel?
No aluguel de imóveis, o fiador atua como uma espécie de avalista, oferecendo segurança ao proprietário.
Durante a assinatura do contrato de aluguel, o fiador se compromete a assumir todas as responsabilidades financeiras do inquilino, caso ele não consiga cumprir o que foi acordado.
Se o inquilino deixar de pagar o aluguel, taxas de condomínio ou outros encargos, o proprietário pode acionar o fiador judicialmente para cobrar os valores pendentes.
Vale ressaltar que o contrato de fiador costuma se estender até o término do contrato de aluguel, o que pode incluir renovação automática, a menos que o fiador solicite sua exclusão formal.
Qual é a responsabilidade do fiador?
As responsabilidades do fiador vão além do simples pagamento do aluguel. Ele também responde por outras obrigações contratuais do inquilino, como despesas de condomínio, IPTU e reparos no imóvel, se o inquilino não realizar.
O fiador pode ser acionado judicialmente para arcar com essas dívidas, e caso não tenha condições de pagar, seu patrimônio, como imóveis e bens, pode ser penhorado para quitar os valores devidos.
Por isso, o papel de fiador deve ser assumido com total consciência dos riscos envolvidos.
Quem pode ser fiador? Principais requisitos
Para ser aceito como fiador, a pessoa deve atender a alguns requisitos básicos, que variam de acordo com a imobiliária ou o proprietário do imóvel:
• Comprovação de renda: em geral, a renda do fiador deve ser três ou quatro vezes o valor do aluguel;
• Propriedade de bens: a maioria dos contratos exige que o fiador possua um imóvel em seu nome, que pode ser usado como garantia;
• Nome limpo: o fiador não pode ter restrições de crédito, como dívidas em aberto registradas em órgãos de proteção ao crédito como o SPC Brasil;
• Residência no mesmo estado: muitas imobiliárias exigem que o fiador resida no mesmo estado em que o imóvel será alugado.
É possível alugar um imóvel sem fiador?
Sim, é possível alugar um imóvel sem a necessidade de um fiador. Atualmente, existem alternativas que tornam o processo mais simples e ágil, como o seguro-fiança, que substitui o fiador e é contratado junto a uma seguradora.
Outra alternativa é a caução, que é um depósito de um valor antecipado, normalmente equivalente a três meses de aluguel, que será utilizado em caso de inadimplência.
Quais são os riscos de ser fiador de aluguel?
Ser fiador de aluguel envolve uma série de riscos que precisam ser considerados com muito cuidado antes de assumir essa responsabilidade.
O principal risco é a responsabilidade solidária.
Em outras palavras, se o inquilino não cumprir suas obrigações contratuais, o fiador será diretamente responsável por cobrir todos os débitos pendentes, como aluguéis atrasados, contas de condomínio, IPTU e até mesmo eventuais danos ao imóvel.
Em casos extremos, o fiador pode ser obrigado a pagar esses valores mesmo sem ser notificado previamente, o que pode gerar um grande impacto financeiro.
Além disso, o fiador pode ter seus bens penhorados para garantir o pagamento das dívidas do inquilino. Isso inclui imóveis e outros bens de valor que possam cobrir o montante devido.
A penhora de bens é uma medida judicial e caso o juiz determine a penhora, o fiador poderá perder o imóvel oferecido como garantia caso não consiga quitar a dívida do inquilino.
Outro risco importante é o impacto no Score de Crédito. Se o fiador não pagar as dívidas e a situação for levada aos órgãos de proteção ao crédito, como o SPC Brasil, seu nome pode ser negativado e sua pontuação reduzida.
Isso pode afetar sua capacidade de conseguir crédito no futuro, dificultando a aprovação de empréstimos, financiamentos e até mesmo a contratação de serviços como internet e telefonia.
O que acontece se o fiador não pagar a dívida?
Se o fiador não pagar a dívida do inquilino, o processo pode se tornar ainda mais complicado.
O proprietário do imóvel pode entrar com uma ação judicial contra o fiador, que será cobrado judicialmente por todos os valores devidos.
A partir desse momento, o fiador pode enfrentar bloqueios de contas bancárias, a penhora de bens e até mesmo o leilão de seu imóvel, dependendo da gravidade da dívida e da decisão judicial.
Isso trará restrições à sua vida financeira, como a dificuldade de conseguir crédito, contratar sérvios básicos, comprar parcelado ou realizar financiamentos.
Um processo judicial pode ser longo e caro, porque o fiador ainda precisará arcar com os custos judiciais e honorários advocatícios.
No cenário mais drástico, se o fiador não tiver condições de pagar a dívida, ele poderá perder bens e enfrentará uma situação financeira muito difícil.
O que considerar antes de ser fiador de terceiros?
Antes de aceitar ser fiador, é essencial analisar alguns pontos para evitar surpresas e problemas financeiros no futuro. Primeiramente, avalie sua situação financeira.
O ideal é ter uma reserva financeira que possa cobrir possíveis inadimplências do inquilino, porque, se ele deixar de pagar, você será responsável por todas as dívidas.
Outro ponto importante é a relação de confiança com o inquilino. É fundamental que você conheça bem a pessoa que está pedindo para você ser fiador.
Se for um familiar ou amigo próximo, isso pode aumentar a segurança, mas, mesmo assim, é importante entender o histórico financeiro dessa pessoa, sua capacidade de honrar compromissos e se há riscos de inadimplência.
Além disso, é importante entender bem as cláusulas contratuais. Leia com atenção o contrato de locação e o contrato de fiança, garantindo que está ciente de todas as responsabilidades envolvidas.
Em muitos casos, o contrato pode ser automaticamente renovado, o que significa que você continuará sendo responsável pelo inquilino mesmo após o término do primeiro prazo contratual.
Por fim, reflita sobre os impactos na sua vida financeira. Se a situação financeira do inquilino se agravar e ele não pagar o aluguel, você pode enfrentar dificuldades para manter seu próprio padrão de vida.
Além disso, pense nas suas metas futuras, como a compra de um imóvel ou financiamento de um carro. Ser fiador pode comprometer esses planos se houver algum problema com o inquilino.
Como o SPC Brasil pode te ajudar a decidir?
Antes de tomar a decisão de ser fiador, é importante contar com informações confiáveis sobre a situação financeira do inquilino e sobre a sua própria saúde financeira.
O SPC Brasil oferece ferramentas que podem te ajudar a tomar essa decisão de forma mais segura e embasada.
1. Consulta de CPF: ao consultar o CPF de terceiros no SPC Brasil, você pode verificar se ele tem restrições de crédito, protestos ou outros problemas financeiros que possam indicar dificuldades para cumprir com as obrigações de um contrato de aluguel. Essa consulta pode ser feita de forma rápida e segura na Loja SPC Brasil. Para consultar o CPF de outra pessoa, clique aqui. Você também pode consultar seu próprio CPF clicando aqui.
2. Consulta de CNPJ: se você for solicitado a ser fiador em um contrato comercial ou estiver lidando com uma empresa como inquilino, a consulta do CNPJ também é uma ferramenta importante. Com ela, você pode verificar a saúde financeira da empresa e entender se há pendências ou dificuldades que podem impactar o cumprimento do contrato de aluguel. Faça uma consulta de CNPJ clicando aqui.
Ao usar essas ferramentas, você pode tomar uma decisão mais segura, com base em dados confiáveis e atualizados, reduzindo os riscos e as possíveis dores de cabeça.
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